terça-feira, 17 de junho de 2014

E o sonho está chegando ao fim


Sabe aquele momento em que você acorda, percebe que o sonho está terminando, e sabe que não vai adiantar fechar os olhos bem rápido e apertar forte, para fazer com que volte? É exatamente assim que estou me sentindo... O sonho está, enfim, chegando ao fim.
Tudo o que podia ser dito, foi dito. Tudo o que podia ser feito, foi feito. Tudo o que podia ser sorrido, também o foi.
É o começo do fim, das despedidas, das lembranças... pois são elas que nos acompanharão daqui para frente. Lembranças dos momentos de alegria, e também daqueles um pouco mais difíceis, e o importante é que foram, todos, de muito aprendizado.
Isso é o que nos faz não querer mais deixar este sonho. Mas no fundo, sabemos que as verdadeiras coroas já estão e continuarão para sempre em nossos corações.
Agora, é hora de torcer para que as próximas escolhidas não coroem-se apenas esteticamente, mas também coroem seus corações, para iniciar este sonho tão lindo. Candelária merece!

Na foto: Eu, com minhas companheiras Soberanas do Município de Candelária-RS, período 2012/2014, Roana Borstmann e Cristiana Radünz. Passaremos as coroas no dia 05/07/2014.


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O sonho de Maribel


Escrevi o poema que vou postar quando era bem pequena. Não sei bem, mas acho que eu devia ter uns 7 anos de idade. Lembro que minha mãe achou lindo e mostrava pra todo mundo, levava junto na carteira, em um papel que imprimi em letras cor de rosa e lilás. 
Logo que o escrevi, lembro que transcrevi utilizando uma máquina de escrever do escritório dos meus pais, e que só tinha tinta preta e vermelha, o melhor que podia ser feito era posicionar a fita de tinta para que a letra saísse metade preta e metade vermelha, eu achava o máximo! - certo, não sou tão "do tempo antigo" assim, mas tínhamos em casa, digo, no escritório, e eu adorava brincar de escrever naquela máquina.
Quando meus pais compraram o primeiro computador da casa, passei a brincar de digitar nele, é claro. Transcrevi todos os meus escritos, agora podia utilizar a cor, a fonte, o tamanho que eu quisesse! Detalhe que minha fonte favorita era Comic Sans MS, assim como já foi de muitas pessoas, eu sei, o que a tornou tão conhecida e enjoativa, hehe.
E assim, o imprimi, e minha mãe passou a carregar junto com ela e agora lembrei de postá-lo, diretamente do meu arquivo:

O SONHO DE MARIBEL

Maribel tinha um sonho,
O sonho de Maribel
Era um sonho tão lindo
Ela queria ir para o céu.

Ela era sonhadora
E queria tornar realidade
Assim ela seria
Muito feliz de verdade.

Quando ficou velhinha
Esse sonho ainda tinha
Mas quando pensava nele
Ficava muito tristinha.

Ela ficava triste
Realizar seu sonho não iria poder
Se ela quisesse realizar
Teria que morrer.

Até que chegou o dia
Um dia muito triste
A pobre Maribel
Havia morrido de velhice.

No dia em que morreu
Ninguém por ela chorou
Porque naquele dia
Seu sonho realizou.

:)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

no expectations, no disappointments


Traduzindo o título da postagem: sem expectativas, sem decepções.
Vi esta frase pela primeira vez em algum site na internet, já faz algum tempo, mas eu não sei sua autoria.
Me identifiquei com a frase e, desde então, comecei a pensar nela frequentemente diante de algumas situações. Acreditei que representasse, realmente, muito do que eu pensava e como agia.
Mais fácil ser neutra, para não fazer coisas sem pensar, e talvez acabar se perdendo. Achava melhor fazer algo somente depois de ter muita certeza, e saber realmente o que aquilo geraria.
Ainda acho isso, e tomo essa ideia como referência sempre que posso.
Acontece que quanto mais nos acostumamos com determinadas coisas, e ainda gostamos disso, passamos a exigir mais e, consequentemente, esperar mais. Quanto mais se experimenta, quanto mais se gosta, mais se quer e mais se espera. A intensidade e a expectativa são grandezas diretamente proporcionais.
E às vezes chega ao ponto em que as expectativas não são mais superadas, pois acabam sendo maiores do que o que pode acontecer, e os fatos acabam sendo menores do que as expectativas. Assim geram impressão de que são pequenos, fracos, sem intensidade e muito menos, importância.
Esses fatos precisam ser então repensados, postos na balança. Qual a intensidade que já foi alcançada? E, diante da resposta, poderá mesmo ser classificada como "pequena e fraca", sem importância?  Essa situação é difícil de enxergar. Não é tão fácil pôr os fatos na balança, inclusive por serem, às vezes, coisas que nem mesmo sabemos sua real proporção, e quais reações geram sobre nós. Implicam nos mais diversos sentimentos, que por si só já são complicados de entender.
Por não superar as expectativas - que segundo a ideia inicial, não deveriam existir para não gerar decepções, mas que acabam surgindo pela intensidade de certas situações - é que a teoria acaba se esvaindo, causando a temida e frustrante decepção.
Chega o momento de reavaliar os limites, e se as expectativas estão à altura. As pessoas precisam também tentar superar as expectativas dos outros, daqueles que gostam, para não decepcioná-los. Mas estes, por sua vez, devem procurar equilibrar suas expectativas.
Enfim, se a expectativa for inevitável, podemos viver com ela tranquilamente, se aprendermos a encontrar o equilíbrio. Isso gera uma visão diferenciada de certas situações, mais intensas e, muitas vezes, inusitadas.
Por isso eu agora digo, em certas ocasiões que mereçam, pode-se dar uma chance para as expectativas. Mudando então, quem sabe, a ideia para: expectativas em equilíbrio, intensidade renovada. Algo para se pensar!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A piada está nos olhos de quem vê

Foto: Recordação escolar, de óculos e cabelo ainda liso.

Lembro-me de que, quando eu era criança, muitas pessoas riam de mim. Pessoas que, na minha inocência, eu julgava como se soubessem alguma coisa de importante e necessária, ou que fossem importantes e necessárias.
Riam porque eu usava óculos e eu, por mais forte que fosse, por mais que soubesse que era necessário para mim, me incomodava muito com as piadinhas dos coleguinhas, eles precisavam de um motivo pra rir.
Lembro da vez que eu ganhei coturnos, eles riam até disso, só porque não era o tipo de calçado mais comum para uma menina usar. Riam até por eu ser inteligente e tirar boas notas.
Sorte que eu sabia que isso não era algo ruim pra mim, eles precisavam incomodar por alguma coisa que me fizesse bem. E hoje vejo, que só me incomodavam realmente, por coisas que me faziam bem, por coisas que eu precisava, gostava e que me faziam diferente dos outros.
Que bom que eu tinha minha família, que me amava, e que me mostrava que eu não precisava sofrer com as piadinhas dos outros, mesmo que essa situação tenha me incomodado por alguns anos. Quem sabia o que era bom pra mim, de verdade, era minha família, e até disso os outros riam: descobriram que algo que me incomoda é mexer com minha família, e por isso criavam piadinhas disso também.
Essas situações fizeram com que eu tomasse muito mais cuidado com as pessoas que me relaciono. Com que eu demorasse mais para confiar em algumas pessoas, e que desconfiasse mais de outras.
Conforme algumas definições sobre o que é amigo, percebo que não tenho muitos daqueles "amigos para todas as horas" ou "amigos de infância", como chamam. Mas sei que conheço muitas pessoas com as quais posso contar em alguma necessidade, que torcem por mim, que gostam de mim, que querem me ver bem. Agradeço muito por isso.
Meus amigos de verdade, são alguns poucos, e minha família. E sei que estes me bastam, que me fazem feliz, me escutam, me apoiam (ou me contestam), me aconselham e me incentivam. E esses poucos, não são apenas pessoas que vejo seguidamente, são inclusive alguns que eu posso contar sempre, mesmo longe. São desses amigos que preciso, são estes que me fazem bem, com quem fico feliz por ter ao meu lado e que vejo que querem o meu melhor.
Imagino que hoje, muitos daqueles que riram de mim, talvez estejam usando óculos, por necessidade do tempo, ou ainda virão a usar. Talvez já tenham corrido para as lojas para comprarem seus coturnos lindos e maravilhosos quando virou "modinha". Não sei, mas espero que rir das minhas boas notas deve tê-los realizado profissionalmente, quem sabe. E quanto à família, só digo que sou muito feliz por ainda tê-la unida e me apoiando sempre.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Do meu arquivo: Uma crônica sobre crônicas




Hoje vou postar um texto que fiz no início de 2010, não lembro bem o mês, fiz para a disciplina de Língua Portuguesa, no colégio:

Uma crônica sobre crônicas

“Preciso escrever uma crônica”. Essa é a frase que não sai da minha cabeça nos últimos minutos. Deveria ser nos últimos dias, porque a professora pediu na semana passada, mas, como não tem jeito, tudo acaba ficando pra última hora, feito sob aquela pressão que só quem já foi aluno conhece então, é nisso que venho pensando nos últimos minutos mesmo.
Eu tenho o costume de ler crônicas, e nesses últimos dias eu até que tenho dado uma pesquisada nos meus cronistas favoritos Antônio Prata e Fabrício Carpinejar - adoro o que eles escrevem, indico eles sempre, mas enfim, voltando.. - para ver se encontro alguma ideia, alguma inspiração, mas a sensação que tenho após ler suas crônicas é exatamente contrária à que eu esperava: penso “Como eles conseguem? Nunca vou conseguir escrever como eles.” e tudo o que ganho com esse tempo em que li, foi só o conhecimento de umas crônicas a mais.
Eu sei isso é ótimo, é bom pra mim, mas me faz pensar que já existem crônicas pra tudo. E eles escrevem de uma maneira tão singular, que não imagino eu, mera aluna de terceiro ano do ensino médio, conseguir escrever dessa maneira tão diferente que eles escrevem sobre praticamente tudo: desde assuntos mais corriqueiros como o amor, a infância, verão, o amor de infância e de verão.. até assuntos mais inéditos como papel higiênico, bolsos, sungas e caneta Bic – vê se pode, até uma Bic tem crônica e eu não sei sobre o que escrever – tudo isso escrito de uma forma tão inovadora, digamos assim, e tão envolvente que faz querer ler mais e mais sobre aquele jeito alegre de escrever, como se o cronista só pensasse e a crônica ficasse pronta!
Já passaram tantos assuntos pela minha cabeça durante esses minutos, que quando eu penso que encontrei o tema que queria para minha crônica, encontro uma já existente, exatamente sobre o que eu queria escrever, fazendo-me esquecer de tudo o que eu estava pensando, de modo que eu consiga pensar como quem a escreveu - não sei se estou conseguindo expressar direito, mas espero que estejam compreendendo minha linha de pensamento – pois uma crônica bem escrita é assim mesmo, inexplicavelmente, nos faz pensar da mesma maneira que o cronista, ou pelo menos enxergar aquela forma de visão que o cronista tem.
E é isso que quero e preciso fazer na minha crônica. Expressar a minha forma de percepção sobre algo, mas por algum motivo, não consigo. Talvez por causa dos meus cronistas favoritos, talvez por causa dos amores de infância e de verão, pelo papel higiênico ou pela Bic, ou ainda por causa da janelinha do MSN sempre aparecendo na tela ou alguém aqui de casa pedindo pra eu fazer isso ou aquilo. Acho que pode ser porque eu não tenha o dom, ou não sei o que pode se chamar que os cronistas têm ao fazer as suas crônicas. Talvez eu não tenha nascido pra isso, talvez eu tenha que fazer meus deveres antes, e não sob aquela pressão da véspera da entrega, mas, pra hoje, foi o que consegui e a única certeza que tenho é de que eu preciso escrever uma crônica.


Enfim, foi isso. Pra quem quiser conferir os blogs dos autores que citei, tem o link aqui no menu à direita, no "indico".
A foto foi feita em Três Coroas-RS, em agosto de 2010.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Onde você está?




"(...)E as coisas lindas são mais lindas
Quando você está
Onde você está
Hoje você está
Nas coisas tão mais lindas
Porque você está
Onde você está
Hoje você está
Nas coisas tão mais lindas(...)"
(Nando Reis)

sábado, 28 de maio de 2011

Pedidos.



Centro Budista, Três Coroas-RS.