sexta-feira, 17 de junho de 2011

Do meu arquivo: Uma crônica sobre crônicas




Hoje vou postar um texto que fiz no início de 2010, não lembro bem o mês, fiz para a disciplina de Língua Portuguesa, no colégio:

Uma crônica sobre crônicas

“Preciso escrever uma crônica”. Essa é a frase que não sai da minha cabeça nos últimos minutos. Deveria ser nos últimos dias, porque a professora pediu na semana passada, mas, como não tem jeito, tudo acaba ficando pra última hora, feito sob aquela pressão que só quem já foi aluno conhece então, é nisso que venho pensando nos últimos minutos mesmo.
Eu tenho o costume de ler crônicas, e nesses últimos dias eu até que tenho dado uma pesquisada nos meus cronistas favoritos Antônio Prata e Fabrício Carpinejar - adoro o que eles escrevem, indico eles sempre, mas enfim, voltando.. - para ver se encontro alguma ideia, alguma inspiração, mas a sensação que tenho após ler suas crônicas é exatamente contrária à que eu esperava: penso “Como eles conseguem? Nunca vou conseguir escrever como eles.” e tudo o que ganho com esse tempo em que li, foi só o conhecimento de umas crônicas a mais.
Eu sei isso é ótimo, é bom pra mim, mas me faz pensar que já existem crônicas pra tudo. E eles escrevem de uma maneira tão singular, que não imagino eu, mera aluna de terceiro ano do ensino médio, conseguir escrever dessa maneira tão diferente que eles escrevem sobre praticamente tudo: desde assuntos mais corriqueiros como o amor, a infância, verão, o amor de infância e de verão.. até assuntos mais inéditos como papel higiênico, bolsos, sungas e caneta Bic – vê se pode, até uma Bic tem crônica e eu não sei sobre o que escrever – tudo isso escrito de uma forma tão inovadora, digamos assim, e tão envolvente que faz querer ler mais e mais sobre aquele jeito alegre de escrever, como se o cronista só pensasse e a crônica ficasse pronta!
Já passaram tantos assuntos pela minha cabeça durante esses minutos, que quando eu penso que encontrei o tema que queria para minha crônica, encontro uma já existente, exatamente sobre o que eu queria escrever, fazendo-me esquecer de tudo o que eu estava pensando, de modo que eu consiga pensar como quem a escreveu - não sei se estou conseguindo expressar direito, mas espero que estejam compreendendo minha linha de pensamento – pois uma crônica bem escrita é assim mesmo, inexplicavelmente, nos faz pensar da mesma maneira que o cronista, ou pelo menos enxergar aquela forma de visão que o cronista tem.
E é isso que quero e preciso fazer na minha crônica. Expressar a minha forma de percepção sobre algo, mas por algum motivo, não consigo. Talvez por causa dos meus cronistas favoritos, talvez por causa dos amores de infância e de verão, pelo papel higiênico ou pela Bic, ou ainda por causa da janelinha do MSN sempre aparecendo na tela ou alguém aqui de casa pedindo pra eu fazer isso ou aquilo. Acho que pode ser porque eu não tenha o dom, ou não sei o que pode se chamar que os cronistas têm ao fazer as suas crônicas. Talvez eu não tenha nascido pra isso, talvez eu tenha que fazer meus deveres antes, e não sob aquela pressão da véspera da entrega, mas, pra hoje, foi o que consegui e a única certeza que tenho é de que eu preciso escrever uma crônica.


Enfim, foi isso. Pra quem quiser conferir os blogs dos autores que citei, tem o link aqui no menu à direita, no "indico".
A foto foi feita em Três Coroas-RS, em agosto de 2010.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Onde você está?




"(...)E as coisas lindas são mais lindas
Quando você está
Onde você está
Hoje você está
Nas coisas tão mais lindas
Porque você está
Onde você está
Hoje você está
Nas coisas tão mais lindas(...)"
(Nando Reis)

sábado, 28 de maio de 2011

Pedidos.



Centro Budista, Três Coroas-RS.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Coerência Natural



Apenas em uma flor
que leva o amor
à donzela apaixonada.
Ou ao túmulo que descansa
à beira de uma estrada.
Na ternura da beleza,
a maciez de cada pétala,
que chegando aos espinhos
os alertam para a dor.
Convivem em um mesmo corpo
sofrimento e amor.
A leveza e a rigidez,
se contradizem e se completam.
Um belo jogo de antíteses.
Flores, amores, emoção...
Vêm para pedir perdão,
trazendo o conforto da compaixão.
Como um raio que corta o céu,
uma onda que abala o mar...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Instantes.



A cada instante, um novo presente, um velho passado, uma incerteza permanente.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Na intensidade das intenções



"Muita coisa pra fazer. Impossível escrever algo!" - foi o que me conformei a pensar. - "Já tenho tanta coisa pra fazer...".
Uma das metas era (e ainda é, sempre é) organizar. Organizar tudo: minhas metas, meus planos, os materiais da faculdade, minhas fotos, meu quarto, meus arquivos, até a área de trabalho do note! Enfim, todas as intenções. Mas muita intenção acaba não gerando nenhuma ação.
O mundo está cheio de boas intenções (ou nem tão boas assim).
Mas, de que vale uma intenção?
Tudo bem, que muitas vezes, o que vale é, realmente, a intenção. Mas isso só se aplica em coisas que são, também, realmente (e visivelmente!) impossíveis de serem realizadas, pelo menos no momento da tal intenção. Como querer ajudar um amigo em uma tese super importante, mas não saber absolutamente nada sobre o assunto, querer dar um abraço apertado em alguém que está do outro lado do oceano ou querer que o aquecimento global não se intesifique. Impossível eu digo, seria enquanto não houver empenho maior em realizar algo assim.
Claro que é bom saber que existe uma intenção. Uma intenção seria, então, uma conformidade, uma explicação, um conforto. Pode ser que seja o princípio da ação.
Então é preciso empenho, dedicação, quando somente o conforto da intenção não bastar, quando for necessária a ação em si.
Em meio a isso, acabo enxergando que priorizando algumas coisas, reservando um tempo para outras, dividindo minhas ações, posso fazer muitas coisas que gosto, que me fazem bem e que só vão me acrescentar mais coisas boas.
Aqui vou eu, outra vez!